Fóruns temáticos mobilizam debates e parcerias

Gestores das áreas de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação, Extensão, Desenvolvimento Institucional, Educação no Campo, Internacionalização e Planejamento estiveram reunidos, durante o último dia da Reditec 2017, para as reuniões ordinárias que tradicionalmente acontecem nas edições do evento.

No final do dia, todos os encaminhamentos das reuniões foram compartilhadas numa plenária que aconteceu no Auditório Ponta do Seixas. Os Fóruns são órgãos de assessoramento das Câmaras Temáticas do Conif, compostos por um representante de cada instituição da Rede Federal, responsável pelas ações sistêmicas vinculadas ao tema.

Pró-reitores de Desenvolvimento Institucional debatem sobre matriz Conif
O Fórum de Desenvolvimento Institucional (FDI), que reúne pró-reitores da área, teve como principal ponto de pauta a matriz Conif, um modelo matemático utilizado para distribuir os recursos orçamentários da Setec. De acordo com o coordenador do fórum, Weber Tavares, do Instituto Federal de Goiás (IFG), os participantes do fórum precisam dominar o assunto.

“A matriz é de competência do Forplan, mas para realizar o planejamento institucional precisamos entender de forma detalhada como ela funciona. Como encaminhamento, vamos sugerir que alguns representantes do FDI façam parte da comissão de orçamento do Forplan”, afirmou.

A pauta ainda incluiu uma apresentação sobre como institucionalizar o programa Mulheres Mil nos institutos federais; alguns relatos de experiência sobre diferentes formas de estruturação de Planos de Desenvolvimento Institucional (PDI); uma apresentação sobre o novo site do fórum, ligado ao site do Conif; e uma discussão sobre possíveis pautas para o próximo ano.

Forplan: Institutos federais garantem orçamento para 2018
“Boa parte dos institutos federais do país terão no próximo ano um orçamento maior do que em 2017 e nenhum instituto federal terá orçamento menor do que o deste ano”, afirmou Charles Okama de Souza, reitor do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, na abertura do Fórum de Planejamento (Forplan).

O reitor elogiou a equipe que negociou com o Ministério de Educação o orçamento da rede federal para 2018. “Temos que mostrar para a sociedade, que é quem vai nos defender, os benefícios que levamos para as comunidades e com isso contestar eventuais ações negativas. Acredito que a rede federal agora é uma política de estado e não uma política de governo,” afirmou.

Após o discurso, o pró-reitor de administração do Instituto Federal Farroupilha (IF Farroupilha), Vanderlei José Pettenon, coordenador do fórum, informou que a pauta do dia seria discutir formas de analisar a matriz orçamentária do ano e definir o cronograma de atividades para construção da matriz orçamentária de 2018. “O Forplan vai coletar informações e buscar soluções sobre a matriz orçamentária de todos os institutos para possibilitar sua análise”, destacou.

Dirigentes de Ensino debatem sobre prioridades de pauta

Durante a reunião do Fórum de Dirigentes de Ensino (FDE), Adilson César de Araújo, do IF Brasília, que é coordenador do grupo, destacou que o fórum é um espaço de reflexão, de discussão e de proposição das temáticas educacionais que subsidiam o Conif nas demandas do ensino que serão apresentadas ao Ministério da Educação. “O Fórum é um instrumento imprescindível para as questões relativas ao ensino da Rede Federal”, disse.

O debate teve como pauta três pontos cruciais: a defesa do ensino médio integrado, da construção de uma política de formação para os personagens da educação e as garantias sobre o financiamento para manutenção do padrão de qualidade do ensino médio integrado.

“Nosso ensino médio integrado é uma referência nacional e mundial e nós não abrimos mão da necessidade de defesa do ensino médio integrado, da articulação entre formação geral e formação profissional. Essa articulação no mesmo espaço da formação geral tem dado certo”, frisou o pró-reitor.

Ele citou o seminário sobre Ensino Médio Integrado ao Técnico que foi realizado pelo Conif, em Brasília, em setembro, e que gerou um livro com 37 artigos de experiências exitosas na área de ensino médio integrado na Rede Federal.

A formação de professores para atuarem no ensino médio integrado é outra reivindicação do Fórum. A intenção é ter uma política sistêmica de Formação geral para os profissionais da rede e que não seja algo episódico, seja continuado, seja sistêmico.

Fórum de Extensão discute diretrizes da área para o ensino superior

O Fórum de Pró-Reitores de Extensão (Forproext) teve como pauta de sua reunião discussões sobre as diretrizes de Extensão no ensino superior para a construção de um documento que, no início de 2018, será enviado ao Conselho Nacional de Educação.

“O documento será um marco regulatório para o ensino superior. Sob a ótica das instituições técnicas e tecnológicas, a ideia é construirmos, em conjunto com outros três fóruns, o das instituições públicas, das particulares e das comunitárias”, afirmou o coordenador do grupo, Wilson Matos, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).

O gestor ainda destacou o caráter inovador da Reditec 2017. “Esta Reditec, no âmbito da Extensão, é inovadora, por trazer a Mostra de Extensão e Cultura, que, na minha opinião, deveria ser um modelo para as próximas edições do evento, pois permite que sejam vistas atividades, ainda que em pequena parte, do muito que é feito dentro das nossas instituições”, comentou.

Fórum de Internacionalização (Forinter)

Durante a manhã, os participantes do Fórum assistiram à apresentação dos dados de uma pesquisa sobre o processo de internacionalização nas instituições da Rede Federal e sobre a proposição de uma política de relações internacionais, além das principais ações executadas ao longo de 2017. Também foram esclarecidas questões específicas sobre o Edital 100 da Setec/Sesu que visa a instalação de Núcleos de Idiomas nas instituições.

À tarde, os assessores se dedicaram a uma atividade prática, na qual aprenderam lições sobre a elaboração de um planejamento estratégico voltado à construção de um painel de metas que será finalizado pelos assessores em suas respectivas instituições. Francisco Gutenberg, assessor de Relações Internacionais do Instituto Federal do Ceará (IFCE), coordenador e relator do Fórum, sintetizou o desafio colocado à Rede. “Precisamos interiorizar a internacionalização e internacionalizar a interiorização, dada a realidade das nossas instituições”.

O relator também comemorou os avanços no processo de internacionalização da Rede a partir da articulação entre a Câmara de Relações Internacionais, o Fórum de Internacionalização, a Setec e o Conif. “A política de internacionalização da Rede foi redigida por esse Fórum. Nesse momento, estamos colocando em prática as diretrizes já traçadas”.

Texto: Beatriz Toso (IFES); Greice Gomes (IFSul); Gustavo Rodrigues (IFPB); Cleyton Nascimento (IFRN); Érica Vilela (IFSul Minas)

Fotos: Luiz Araujo e Edvan Diniz (PB)