Realização e Organização

CONIF

O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) é uma instância de discussão, proposição e promoção de políticas de desenvolvimento da formação profissional e tecnológica, pesquisa e inovação. Atua no debate e na defesa da educação pública, gratuita e de excelência.

Os objetivos do Conif são a valorização, o fortalecimento e a consolidação das 41 instituições da Rede: 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e o Colégio Pedro II. As entidades contabilizam mais de 600 unidades em todo o Brasil.

O Conif trabalha por melhorias em infraestrutura e condições de trabalho para os servidores, promove ações estratégicas para fortalecer a internacionalização das instituições, a partir do estreitamento de relações com outros países e da consolidação de cooperações técnicas. O Conselho executa articulações com os diversos entes públicos e a sociedade civil organizada; desenvolve estudos e projetos, por meio de congressos, conferências, seminários e encontros; incentiva o intercâmbio de informações e experiências na Rede e com instituições de ensino, pesquisa e extensão, entidades culturais, científicas e tecnológicas nacionais e estrangeiras.

 

SETEC

A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC) é a coordenadora nacional da política de educação profissional e tecnológica (EPT) no país. Tem por atribuição formular, implementar, monitorar, avaliar e induzir políticas, programas e ações de EPT, atuando em regime de colaboração com os demais sistemas de ensino e os diversos agentes sociais envolvidos na área.

É responsável pela proposição de ações com vistas à concepção e atualização de diretrizes nacionais para a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica alinhadas às demandas sociais e aos arranjos produtivos locais. A Setec/MEC responde pela criação, manutenção, supervisão e fortalecimento das Instituições que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

 

CONHEÇA O IFPB

Atualmente, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) funciona na Capital paraibana (com uma unidade no bairro de Jaguaribe e outra em Mangabeira), Sousa, Cajazeiras, Campina Grande, Monteiro, Picuí, Patos, Princesa Isabel, Cabedelo (com uma unidade no Centro e outra no Jardim Camboinha), Guarabira, Itabaiana, Santa Rita, Itaporanga, Esperança, Soledade, Pedras de Fogo, Santa Luzia e Areia.

A instituição oferece cursos superiores presenciais e no Ensino a Distância, cursos técnicos integrados ao Ensino Médio e subsequentes, além de um Mestrado e cinco Especializações. Na extensão, há cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC). O IFPB também oferta cursos técnicos integrados ao Médio pelo Programa Nacional de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

Outros projetos de extensão estreitam os laços do IFPB com a comunidade paraibana em ações de intervenção social. Centenas de projetos de pesquisa são desenvolvidos anualmente nas diversas modalidades de ensino, em todas as áreas do conhecimento em que o IFPB atua. Muitos projetos resultam em atividades empreendedoras para os estudantes, parcerias interinstitucionais e premiações até internacionais.

Os campi contam com programa de assistência estudantil que inclui auxílios transporte, moradia e refeição, para os estudantes comprovadamente carentes economicamente conforme a lei. O foco no campo científico e tecnológico não dispensa o investimento na formação humanística, tendo muitas atividades desportivas e culturais à disposição da comunidade. São mais de 2000 servidores e quase 22.000 estudantes abrangendo todo o território paraibano.

 

HISTÓRIA

A história do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba começou em 1909 quando o Presidente da República Nilo Peçanha deu início à educação profissional brasileira por meio do Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, que criava instituições com essa finalidade no país. A Paraíba estava incluída no plano com a Escola de Aprendizes Artífices, criada na Capital paraibana, em 1910, cujo objetivo era a preparação de jovens excluídos socialmente.

Os primeiros cursos na Paraíba eram Alfaiataria, Marcenaria, Serralharia, Encadernação e Artes em Couro. Localizou-se inicialmente no Quartel do Batalhão da Polícia Militar, onde funcionou até 1929, quando se transferiu para o prédio na Av. João da Mata, no bairro de Jaguaribe, que voltou a ocupar em 2013, como Reitoria do IFPB.

Em 1937, por força da Lei nº 378, a Escola transforma-se em Liceu Industrial, destinado ao Ensino Profissional em vários ramos e graus. Foi a primeira lei a tratar, especificamente, de Ensino Técnico, Profissional e Industrial. A Reforma Capanema (1941) trouxe mudanças importantes para a Educação Brasileira, inclusive no ensino profissional. O Decreto nº 4.127/42 transformou o Liceu Industrial em Escola Industrial de João Pessoa, conhecida também com a denominação de Escola Industrial Federal da Paraíba, que perdurou até 1959.

Nessa época, as Artes Gráficas já contavam entre as atividades. A preocupação com a exclusão social já estava no início das atividades, lançando muitos desafios aos primeiros professores e funcionários. Eram ofertados Cursos Técnicos em Construção de Máquinas e Motores e o de Pontes e Estradas, os primeiros em nível 2º Grau.

Em 1964, instalaram-se as Oficinas de Artes Industriais e Eletricidade. Em 1965, o público feminino passou a ser admitido como estudante. Esse contexto já é do Brasil plenamente industrializado e a Escola Federal da Paraíba se consolidava como meio para os que desejavam uma formação para o mercado de trabalho aliado aos benefícios de uma escola, com ênfase no desporto e nas artes, com programas sociais. Nessa época, a Escola já funcionava no prédio da Avenida Primeiro de Maio, 720, em Jaguaribe, atual Campus João Pessoa. Em 1968, novas diretrizes na educação profissional brasileira levaram à mudança de nome para Escola Técnica Federal da Paraíba, quando a principal preocupação era a formação de técnicos de nível médio.

Na década de 80, a Escola Técnica passa a ofertar cursos técnicos subsequentes para quem já tinha terminado o antigo segundo grau. A “Escola”, denominação consolidada em João Pessoa como sinônimo da Escola Técnica, ganhou uma Unidade em Cajazeiras, em 1994.

Em 23 de março de 1999, a Escola Técnica passou a ser Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba (Cefet) abrindo perspectivas para a oferta de cursos superiores de tecnologia e pós-graduação. Mecânica, Eletricidade, Saneamento e Estradas estavam entre os cursos ofertados. Ainda como Cefet, foi criada uma Unidade em 2007 em Campina Grande.

A atual identidade da Instituição passou a ser construída a partir de 29 de dezembro de 2008, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.892, criando 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, com uma proposta nacional centralizada e unificada. Agregado a isto vem a mudança organizacional e a abrangência atuação, ganhando o direito a ofertar mestrado e doutorado e aumentando a proporção de cursos de licenciatura e bacharelado, sem perder o foco no ensino técnico de nível médio.

A mudança assinala um novo tempo com a integração à Escola Agrotécnica Federal de Sousa, que se tornou um dos campi do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, e dois programas de expansão, marcando a interiorização da organização para novos campi, que passam a atingir todas as mesorregiões paraibanas. O período marca alto investimento na formação do quadro de pessoal permanente e em infraestrutura.