Na manhã desta quarta-feira, 22 de novembro, a 41ª Reditec recebeu a secretária de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, Eline Neves Braga Nascimento, para a palestra sobre as ações da Rede Federal de EPT.
Eline iniciou sua palestra fazendo um balanço das principais ações para a educação profissional. A secretária fez questão de enaltecer as parcerias firmadas com órgãos como o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica (Conif).
Entre as ações de destaque, estão a regulação da Educação Profissional, o processo de internacionalização do ensino, a avaliação e qualidade da oferta, as ações de inclusão com apoio aos Centros de Referência e o Mediotec. Desde o lançamento do Mediotec, foram 31.728 matrículas nas modalidades presencial e a distância. A parceria com o Instituto Tim já conta com 600 conteúdos educacionais e a plataforma Tim Mooc está presente em 16 instituições.
Desde que assumiu a Secretaria de Educação, Profissional e Tecnológica (Setec), Eline já entregou mais de 250 obras, 15 campi foram inaugurados e quatro novos polos de inovação Embrapii foram aprovados (IFSULDEMINAS, IFPB, IFSC e IF Goiano). Também foram publicadas oito chamadas públicas e 950 projetos de pesquisa foram aprovados.
Em 2017, dois grandes programas da Rede tiveram destaque para a Setec: o Programa para Desenvolvimento em Energias Renováveis e Eficiência Energética na Rede Federal (EnergIF) e o Mulheres Mil.
EnergIF
A proposta do EnergIF é criar, na Rede Federal, uma cultura de eficiência energética, popularizando o uso de energias renováveis por meio da formação de multiplicadores. Para isso foi firmada uma parceria com a agência alemã para o desenvolvimento sustentável Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).
A parceria envolve mais de 20 instituições da Rede Federal nas áreas de energia solar fotovoltaica e eficiência energética. Do início do projeto, em 2016, até o final deste ano, 129 professores passaram por capacitações. Outro importante resultado foi a aprovação de quatro projetos de instituições da Rede na Chamada da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com captação de mais de R$ 18 milhões de investimento.
Programa Mulheres Mil
Implantado, inicialmente, como projeto piloto, com o objetivo de promover a inclusão social e econômica de mulheres em situação de vulnerabilidade, a fim de permitir a melhoria do seu potencial de mão de obra, bem como as suas vidas e de suas famílias, o Mulheres Mil registrou o atendimento de mais de 100 mil mulheres, de 2011 a 2016.
Uma proposta para institucionalização está em andamento. Para isso, foram feitas reuniões temáticas, instituição de um Grupo de Trabalho (GT) que estuda a ampliação do escopo para oferta permanente. A proposta é manter a referência da Rede Federal no combate à desigualdade de gênero. Desde sua concepção, o programa já conta com articulações interministeriais: Desenvolvimento Social, Pesca e Justiça.
Segundo a secretária, os próximos passos são a integração com a Rede Brasil Mulher, a instituição de um comitê executivo, a atualização da portaria 1.015/2011 e a ampliação da adesão das instituições da Rede Federal.
Ao final da palestra, Eline foi questionada sobre como promover a institucionalização das ações sem contar com a liberação de novos códigos de vagas. A secretária esclareceu que foi enviado um ofício ao Ministério do Planejamento com a solicitação de liberação dos códigos autorizados. Contudo, sugeriu às instituições estimular o envolvimento de docentes com condições de melhor distribuir suas atividades para apoiar as ações.
Sobre a questão orçamentária referente ao ano de 2018, esclareceu que ainda não há nada definitivo. “Só bateremos o martelo nessa questão, quando tivermos uma resposta dos ministérios”, finalizou.
Texto: Erica Vilela – jornalista do IF Sul de Minas
Fotos: Antonio Evaldo Soares – técnico em audiovisual do IFRR