“Comemoramos os 10 anos da Rede e-tec Brasil visualizando novas fronteiras e perspectivas, como a discussão de qual o modelo de institucionalização queremos, como trabalhar Educação a Distância com recursos próprios”. Assim Alex Oliveira, diretor-geral do Campus EaD do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, vê e comemora os 10 anos da Escola Técnica Aberta do Brasil (E-tec). Alex, a exemplo de outros vários gestores, esteve presente à cerimônia de celebração da primeira década da Rede de Educação Profissional e Tecnológica à Distância, que atinge, em 2017 a marca de 600 mil alunos formados em todo o país. O evento fechou a programação do primeiro dia de Reditec, no Auditório do Centro de Convenções da Paraíba.
Surgida em 2007 como um programa que visava fomentar a educação técnica e tecnológica a distância, a E-tec assumiu como objetivos expandir e interiorizar a oferta, democratizar o acesso a cursos técnicos de nível médio gratuitos e ofertar formação continuada de professores de educação profissional. Hoje são mais de 400 instituições parceiras, ultrapassando as 450 mil vagas disponíveis, entre órgãos federais, estaduais e municipais de ensino.
Cerimônia
Com a presença do diretor de Articulação e Expansão de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Geraldo Andrade, do coordenador da Câmara de Extensão do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica (Conif), Wyllys Farkatt Tabosa, do presidente do Conselho dos Dirigentes das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais (Condetuf), Antônio Cezar Pereira Calil, do presidente do Fórum Nacional de Coordenadores Gerais da rede E-tec Brasil, Ivan Max Lacerda, e da coordenadora-Geral de Educação Profissional e Tecnológica a Distância e Tecnologia Educacionais, Maria das Graças Costa Nery, a cerimônia contou com a fala de gestores e destacou os feitos alcançados nestes dez anos, além de ter lançado o selo comemorativo da primeira década e um vídeo institucional, onde são mostrados relatos de gestores e alunos.
Abrindo as falas, a professora Maria das Graças exaltou, através de um histórico, os avanços da Rede E-tec Brasil, e enumerou as marcas de sua estrutura, como os 46 laboratórios móveis e os mais de 2.800 polos presenciais, instalados em cidades do interior, nas capitais, zonas ribeirinhas e em tribos indígenas. Ivan Max Lacerda, do Fórum Nacional E-tec, destacou a importância da articulação que a Rede proporciona e falou sobre as questões de fomento à iniciativa, que atende as comunidades mais carentes do país. Max apresentou a edição especial da Revista da E-tec, que exalta a marca de 10 anos, fazendo um apanhado das mais expressivas histórias de sucesso.
Finalizando o ato de comemoração, subiram ao palco, Antônio Kalil, que destacou a importância do capital humano na construção do ensino à distância para a democratização das oportunidades. Wyllys Farkatt, do Conif, falou da evolução da E-tec, dos desafios e da experiência do IFRN, onde é Reitor, e das discussões sobre o fomento que se dão no Conselho das Instituições da Rede Federal. “Do ponto de vista do Conselho, temos feito nosso dever de casa, buscando ampliar o acesso à educação à distância, que exerce papel estratégico num país de dimensões continentais”, disse.
À fala de Wyllys, seguiu-se o discurso de encerramento, proferido por Geraldo Andrade, que falou em nome do Ministério da Educação. Geraldo, egresso da Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica, falou do entusiasmo que sente pela Rede, da luta por “fazer as coisas darem certo” e da relevância da EAD. “O trabalho de parte dos atores desse processo, os professores, é intenso e redobrado, por isso somos defensores e estimulamos a iniciativa”, ressaltou. Por fim, o diretor de Articulação e Expansão de Educação Profissional e Tecnológica do MEC falou dos caminhos que podem levar à institucionalização da oferta EaD no âmbito da Rede.
Repositório
A cerimônia ainda contou com uma homenagem aos coordenadores que estiveram à frente da Rede E-tec, que receberam uma placa das mãos da professora Graças e do diretor Geraldo Andrade. Na sequência de atividades, foi lançado o Proedu, repositório online de objetos de aprendizagem, que disponibilizará o material didático produzido pela Rede e que está sendo construído por professores e técnicos de diversas instituições.
Apresentado pelo coordenador do projeto, o professor Raimundo Machado Filho, o Proedu reúne em sua construção profissionais de dois campi (Pelotas e Pelotas-Visconde da Graça) do Instituto Federal Sul-rio-grandense, do Campus EaD do IFRN e do Campus Maracanaú do IFCE. O Proedu busca “armazenar a memória intelectual do que foi produzido ao longo desses dez anos”, segundo Raimundo, que assinou, junto à Geraldo Andrade, documento que oficializa a parceria. Ainda vinculado à página do IFCE (http://proedu.ifce.edu.br/), a ideia é ter o repositório funcionando, até o início de 2018, em seu endereço oficial, o www.proedu.rnt.br.
Texto: Cleyton Nascimento / jornalista do IFRN
Fotos: Luiz Araujo