Fórum de Educação no Campo quer fazer diagnóstico dos 200 campi agrícolas

As 41 instituições que compõem a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica somam 644 unidades de ensino espalhadas por todo o país. Destas, 200 são campi oriundos das escolas agrotécnicas e Cefets que na expansão foram transformadas em Institutos Federais. No segundo dia de atividades da 41ª Reunião de Dirigentes das Instituições de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), reitores, demais gestores e professores dessas instituições se reuniram no Fórum de Educação no Campo. As discussões aconteceram na Sala Tabatinga, no Centro de Convenções de João Pessoa.

Com representantes da Rede vindos de 14 estados (Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins) das cinco regiões do Brasil, a reunião do grupo discutiu melhorias e desafios para a gestão desses campi, através dos relatos de experiências, desde o enfrentamento das dificuldades de locomoção a regiões extremas do país e as realidades ali encontradas, como a adequação às necessidades dos povos indígenas e de assentamentos, por exemplo. Para Carlos Henrique Reinato, coordenador do Fórum, esse é um espaço para que haja o compartilhamento de vivências e para troca de experiências: “a ideia é unir gestores de 200 campi em torno de uma luta comum: a defesa da educação no campo”, disse.

Encaminhamentos

A luta a que o coordenador faz referência envolve a discussão das características de um campus agrícola, conceito que carece de uma lista de requisitos e critérios que definam essa modalidade de instituição. Dentro dos encaminhamentos do Fórum, um grupo de trabalho foi formado, para trabalhar a caracterização. Seguindo a pauta da reunião do Fórum, foi definida como prioridade a discussão do diagnóstico do ensino agrícola, através da coleta de dados, via questionário, com os públicos e instituições envolvidos, o que traria fundamentos para o reconhecimento destes 200 campi como força institucional dentro da Rede.

Texto: Cleyton Nascimento / jornalista do IFRN

Fotos: Luiz Araújo (PB)